15.5.11

Adeus

Não te quero dizer adeus... Nunca disse adeus... Tenho medo de dizer adeus... Prometi que não diria adeus...

Mas e se tiver que ser? E se tiver que haver um adeus? E se para deixar de andar por estas ruas negras desta cidade tão fria eu tenha que dizer adeus?

Não quero dizer adeus.

Tenho medo do adeus.

Nunca disse adeus.



Não quero o teu adeus.

Mas não sei se aguento mais.

Pelo menos amei. Pelo menos sonhei. Pelo menos vivi bons momentos.

Mas depois perdi. Depois chorei. Depois deprimi. Depois bebi. Depois bati no fundo. Depois... morri.





Luto para não dizer adeus.

"If nothing lasts forever then I want to be your nothing..."

Isto não faz sentido.

Dor. Medo. Solidão. Escuridão. Fim. Vazio. Luta. Perda. Barulho. MEDO MEDO MEDO MEDO

Adeus.... ?

6.5.11

Lágrimas...

Se as lágrimas são o mal que sai de dentro de nós... então o meu mal anda a vaguear pelas ruas?!


1.5.11

Lenço Amarelo...

Tenho um lenço.
Um lenço amarelo.
Que uso no pulso,
em actos de impulso
e que continuo em tons de abus
enquanto todo o meu corpo se doi
por sangue que destroi
toda a minha restante sanidade.
Tirando-me assim da realidade
que me faz sofrer
e destroi o meu ser,
magoado e encarcerado
por detrás da pele e carne destes dois braços
plenos de traços
de ansiedade e depressão. 

Já não sei se o tenho, o coração,
que no meio de tanta agitação
se perde na minha loucura
e encontra doença sem cura.

O fim, já só vejo o fim da linha
que, como uma pequena gota de sangue,
suja em vexame o meu pequeno lenço amarelo.

(F.V. e S.S)