22.7.11

4 x 10

1...2...3...4...
Tento controlar mas não consigo parar.
5...6...7...8...
Caio no erro de te preocurar.
9...10...11...12...
Acabo sempre por tudo estragar.
13...14...15...16...
Só ganho vontade de tudo acabar.
17...18...19...20...
Procuro algo para me magoar.
21...22...23...24...
Da dor de ti quero escapar.
25...26...27...28...
Arranjo algo para me cortar.
29...30...31...32...
Acabo sempre por te perdoar.
33...34...35...36...
Fumo um cigarro para acordar.
37...38...39...40...
Fecho os olhos e volto a sonhar.

1...2...3...4...
De início, volto a tudo contar.

12.7.11

Slackerbitch

Sou uma escritora, é isso que eu faço. Transcrevo todas aquelas ideias mirabulantes da minha cabeça para o papel.
Eu crio pessoas. Crio tudo acerca delas. Nomes, idade, vícios, sonhos, taras, sexo, desejos, dramas e ligações. Tudo vem da minha cabeça. Crio o dia em que eles nascem e o dia em que eles morrem. Crio o dia em que bebem, fumam e fodem. Crio o corpo deles, os olhos deles e os podres deles.
Sou capaz de inventar pancas e loucuras que mais ninguém consegue. Sou capaz de imaginar a vida de sonho de tais criaturas. A perfeição e imperfeição estão nas minhas mãos. Ai, como eu amo a ideia de poder fazer o que me apetecer com as palavras. Posso matar, ferir, magoar, Posso foder, traumatizar e acabar com alguém com o simples poder das palavras. 
Ter quem quiser, viver como quiser e dizer o que quiser. Ai, como adoro as palavras. Podia até mesmo viver apenas delas, das palavras. Sim, não as posso comer, é certo. Mas posso disfrutar delas enqunato devoro um e outro cigarros. 
Gosto de escrever, gosto muito. Gosto de matar. Gosto de foder. Gosto de gritar. Ai, como gosto de tudo isso.
Sou uma escritora, é isso que faço. Eu crio pessoas e tudo nelas. Sou uma criadora de vida e agora... (?) Agora vou criar a minha.