23.6.11

Viatura Emprestada

É incrível como por vezes não conseguimos evitar as asneiras que fazemos. É incrível que mesmo  sem termo sconsciência das coisas acabamos sempre por fazer algo de errado. Tais acidentes podem sempre ter consequências, graves ou não, que nos deixam com um sentimento de culpa muito grande e que nos deixa de rastos.
Tentamos não chorar, pois se o fizermos estamos apenas a ser crianças. Tentamos não pensar, só para não ficarmos ainda mais irritados. Tentamos passar por cima ligando a algué, e falando de acidentes deveras estapafúrdios qie acontecem no dia-a-dia. Tentamos ouvir música aos berros (coisas como BB Brunes ou The Filthy Youth podem ajudar). Tentamos distrair-nos com a ideia promissora de umas... férias? 
Pois... Lá está. E se o pequeno acidente intreferir com as férias? Ah pois é! Aí as tentativas vão pela janela, a frustração vem ao de cima. As lágrimas caem. Os gritos começam, As birras nunca mais acabam. O sentimento de culpa cresce... 
No fim, olhamos para tudo e pensamos que somos grandes crianças e tudo não passou de uma birra de menina mimada. Menina mimada que tem sempre alguém que lhe recorda que o dia não foi assim tão mau e que nem tudo é um problema. Essa menina mimada sofre também de um ataque de ridicularidade gigante.
A meninas assim, deviamos dar um tiro na cabeça, não acham?
Bem quer dizer... Okay, pronto. Vão lá buscar a arma que eu fico aqui à espera... 

20.6.11

"Enivrez-Vous"

Há dias em que acordamos e só queremos voltar atrás. Acabar com a dor, com o nojo, o podor, a doença, o drama, a tristeza, a saudade, a culpa e a confusão de toda uma noite replecta de loucuras que tão surrateiramente acabam com a vida tal como ela é.
Depois desses dias vem o pior. O sangue, a delinquência, a depressão, o desespero. Chegas a um ponto em que já nada faz sentido e parece que tudo que havia para perder já foi perdido e que a única solução é... morrer. (?)
A tua cabeça anda à roda, as lágrimas são a única coisa que marca a tua expressão magoada e "cega" que só deseja voltar atrás no tempo. Lês poemas de Boudelaire e pensas que a sua obscuridade é tão naturalmente bonita. Queres escrever assim. Queres dizer ao mundo, tal como ele diz "Enivrez Vous", mas sabes que só o farias para não te sentires sozinha. Porque tu sim, o fazes com frequência. Tu sim, és o problema de tanta loucura e tantos delitos. Chegas até ao ponto de pegar  numa ampulhe ta de plástico, com grãos finos de uma areia rosa tão peculiar, e abaná-la para trás gritando "Volta! Volta! Volta!"
Adivinha? Ele não volta! Vais apenas ter que encarar os dias tal como eles são. Com dor no peito, demência na cabeça, lágrimas nos olhos e cigarro na mão. Encaras mais um dia. Um de cada vez. Vives. Limitas-te a viver. Mesmo que não seja por ti. Mesmo que seja só por ela. Mas vives. Mais um dia. Por alguém.

10.6.11

Seis horas

E enquanto que o mundo gira em torno de um nada.


E enquanto que as ondas batem nas rochas.


E enquanto que a chuva cai.


E enquanto que o coração bate.


E enquanto que os olhos fotografam imagens de um presente prestes a ser passado.


Eu continuo presa nesta gaiola de dementes na qual me encaixo na perfeição.

5.6.11

Mudanças, Mudanças

Enquanto me sento aqui, sinto uma quantidade imensa de lágrimas a cair pela minha cara assustada e branca de bonequinha. Ao pensar em todas as criticas que me são feitas por aqueles que, outrora, eram os meus confidentes, sinto-me um ser muito pequeno e indefeso, sem forças ou coragem. 
Ao fim de algum tempo neste reboliço de lágrimas e tristeza começo a questionar a veracidade de todas aquelas palavras. Talvez eles tenham razão. Talvez eu tenha de facto mudado. Talvez tudo aquilo que me aconteceu me tenha transformado em algo diferente. No entanto, ao contrario do que eles dizem, eu falo, eu sorriu, eu comunico... E chego aquele ponto de irritação em que só me apetece manda-los a merda por tudo aquilo que me dizem.
Sinceramente, se não gostam de mim como sou agora, se acham que estou assim tão insuportavelmente diferente, se acham que não gostam de mim assim, que tal deixarem a minha pessoa em paz então? Que tal deixarem de se preocupar com coisas que nem existem? Juro, eu estou bem, são vocês que me põe mal. 
Posso não me rir tanto, falar tanto ou seja o que for que mudou em mim, mas sabem a verdade? Se não falo com vocês talvez seja porque não tenho paciência para vos ouvir ou se calhar estou farta das vossas mesquinhices. 
Podem inventar mil e uma razões para eu ter mudado e felicito-vos pela imaginação fértil que possuem, mas o porquê do meu ser cabe-me a mim e só a mim. 
Deixem-me com a minha musica nos meus ouvidos, o meu carapuço na cabeça, os meus textos, as minhas fotos, a minha "Emily", as minhas merdas, os meus dramas, os meus problemas, as minhas pessoas e as minhas historias. Deixem-me com as minhas e fiquem com as vossas, sim? Penso que será uma boa opção para todos. 
E só mais uma coisa, darem-me prazos para mudarem a minha maneira de ser? Juram? Isso não poderia ser mais ridículo, mas esta bem. Bem podem esperar sentadinhos nos vossos quartinhos.


Acho que já disse tudo, por isso...

3.6.11

Banalidades

Eu não te amo, porque toda a gente ama toda a gente e eu não quero que este sentimento que causa loucura dentro de mim caia na banalidade de mais um "amar" comum entre os normais.