24.9.11

amor proprio

Devias morrer! E eu morria contigo. Devias sofrer! E eu sofria tambem. Devias pagar! E eu ter peso na consciencia. Devias entender! E eu travar o egocentrismo.
Afinal odeio! Sei odiar cada particula de ti! Sim, sei! Ai como todos os sentimentos se confundem! Que maravilhoso!
Vai-te foder! Odeio ser ordinaria.
Ja sabia que um dia ias, mas sinceramente a minha pobre alma não merece isto. Ou talvez merece. Não sei bem. De qualquer forma, foste. Mas eu, eu vou logo de seguida! Que odio! Que raiva! Que puta! AI QUE RAIVA E NOJO.

Adeus.

Assim o quiseste.

Adeus.

Assim o sera!

20.9.11

Palavras...

Palavras, palavras, palavras, palavras.... Tantas e tantas palavras ditas de tras para a frente e de frente para tras, num reboliço tal que ja nem sei quantas escrevi.
E pensar que tudo isto apenas se passa porque não consigo descrever os teus olhos.
Porque não consigo dizer que são profundos.

Que brilham.
Que captam.
Que sorriem.
Não, não consigo descrever os teus olhos.
Mas tambem... Não consigo descrever o sentimento que me intriga quando os vejo.
Adrenalina?
Felicidade?
Segurança?
Carinho?
Amor?
Tudo isso?
Mais que isso?
Não, não, não, não sei...
Tudo me sai mal, tudo parece tão e tão pouco para ti...
Queria ser capaz de encher os pulmões de ar, subir para uma cabeira de madeira, e GRITAR aquilo que não sou capaz de dizer. Enquanto isso, enquanto não grito, tento, tento, tento e tento dizer algo que valha alguma coisa. Tento ser suficiente.
So ha uma coisa que eu sei que consigo fazer, uma, uma, uma e so uma. Estar aqui, ficar aqui e continuar aqui. Porque quero e porque não sei outra maneira.

E porque, I am me, the universe and you 

14.9.11

2...

3: - Sabes, não da. Não iria resultar.
2: - Porque?
3: - Eu... eu quero voar! Ser livre!
2: - Desculpa-me. Eu vou-te deixar ser livre.
3: - Vais? Vais mesmo conseguir?
2: - Não sei... Mas eu por ti farei tudo. Ate mesmo deixar-te.
3: - Desculpa. . .

...

2: - Vou-te pedir algo.
1: - Diz.
2: - Se quando o sol nascer, as flores não acordarem, diz-lhe que eu prometi fazer tudo.
1: - Por favor, não acabes com as flores.
2: - Não....

...

1: - Ela tinha algo a dizer...
3: - O que tinha ela a dizer?

1: - Ela prometeu-te que o faria...
3: - Mas....

Porque depois será tarde para mim, para ti, para... algo.

5.9.11

A Fábula

Existe um Gato, um Gato preto, frágil e indefeso, perdido na loucura das ruas húmidas. Esse Gato, descobriu o Lobo. Como era belo e feroz aquele Lobo. O pequeno felino, entre lutas e tréguas, viu o seu coração ser "roubado" por aquela criatura, com tanto de poderosa como carinhosa. O Lobo indeciso, nutria um vasto carinho pelo gato, mas via-se preso aquele cão vadio, sem escrúpulos. E então, o pobre Gato, que chorava antes de dormir, sentia o seu coração partido dentro do peito.
Estava então este Gato, sentado a beira do abismo, quando uma Andorinha lhe deu a mão, mas não era uma Andorinha qualquer. Esta era dourada, de olhos azuis como os mais vais vastos céus onde voava. A Andorinha, pegando na mão do Gato, tentou ensina-lo a voar, mas, como este não tinha asas... Falhou. Falhou outra vez. Mas a Andorinha não desistiu dele e desta vez, foi ela que viu o seu coração ganhar um dono. Mas, o pequeno Gato, não sabia amar a Andorinha. Não sabia e não conseguia, pois o Lobo ainda uivava no seu peito. Sendo assim, a Andorinha, mesmo sem cruzar os braços, deu espaço ao pequeno Gato.
Ele, sem o seu Lobo e de coração quebrado, entregou-se ao mundo "mau", um mundo que ele sabia não querer, mas do qual não conseguia fugir. Nesse mundo, apareceu uma Raposa, tão e tão matreira, que persuadiu o pequeno Gato.

 Coitado, preso nas tramas da Raposa. Incapaz de amar a Andorinha. Perdido pelo Lobo. E repleto de ódio pelo cão. Depois de noites e noites e noites chorosas, o Gato lembrou-se das lições da Andorinha, e mesmo sabendo que era incapaz de voar, abriu a janela e tentou mais uma vez...

4.9.11

Agora

Quantas palavras queria eu ouvir daqueles com asas que voam junto a mim. Quantas historias queria eu tornadas realidade, daquelas que crio na minha maquina de pensar.
Se ouvisse essas palavras, se vivesse essas historias, o mundo de hoje mudaria o de amanhã e o de ontem não existiria.
Quero dar o mundo, o meu. Tenho-o na mão amarrado com um laço para entregar a quem dele souber cuidar. Sabendo que, com ele, vai a vida da menina que o criou. Não tenho medo de dar um mundo, tenho medo de não o ter.
As palavras, essas são tudo. As razões, as verdades, as tristezas e os sentimentos. Eu sinto, sei sentir. Eu mostro, quero mostrar. Eu choro, quero chorar e agora choro. 
Por vezes não aguento, tudo se torna duro, brusco. Eu agora não consigo. Levantem-me. Ajudem-me. Desculpem-me. Mas eu agora não consigo.
Eu sou fraca, mas sei que es forte. Eu não sei, mas sei que tu sabes. Eu não tenho, mas sei que tu tens.
Eu agora choro, mas tu... não sei.