19.4.11

Sinto...

Um nó no estômago que me impede de comer. Um tremor nas mãos que torna difícil escrever. Uma fraqueza que não me deixa raciocinar. Um medo enorme de ... bem.
Medo de te perder, medo de nunca te chegar a ter, medo de tudo o que eu possa fazer. Medo de não ser forte, medo de desiludir, de não ser quem se espera, de ser sempre a segunda escolha. Medo de não ter valor, medo de não ser nada mais que uma sombra. Medo de... nem sequer existir. Medo de não ser o especial de alguém, o outro de alguém, "aquele" de alguém. Medo da incompreensão, da rejeição, da tristeza que todos os dias se lembra de visitar e de despertar as lágrimas que, agora mesmo, se estão a deixar cair.
Todos me diziam que era forte e lutadora e talvez até persistente. Mas isso, isso era só o que os outros diziam. Eu era fraca e uma perdedora e desistia. Desisti de mim, da felicidade, da compreensão... Desisti de ajudar, de falar, de ser quem era.
Quer dizer... eu tinha desistido, vivia na sombra do conformismo. Via os dias passar e esperava sempre ansiosamente o meu último. Até que... Até que, agora, talvez tenha que admitir que os outros têm razão.
Agora não desisto. Não desisto de ti, de mim, da vida. Não desisto de ser a tal, a outra metade, a razão. Não deixo que me tirem o que quero, mesmo que o não o tenha, mas deixo não deixo que me tirem.
Posso não ser a felicidade em pessoa, o orgulho em pessoa, um exemplo de pessoa, mas desta vez vou lutar até ao fim. Era capaz de tudo para te ver bem. Sei que talvez tenha a felicidade comigo, escondida numa caixinha dentro das gavetas do meu ser. Ela está lá, é quereres abrir. Eu estou aqui à espera.
O que sinto? Nervosismo,  medo, receio, amor... E... (talvez)... Sinto a felicidade a bater-me à porta, para que eu a deixe entrar e ficar e viver comigo... Tudo isto, enquanto que... Eu.. Bato à porta de outra pessoa.
Porque se o sentimento for muito forte e pensarmos muitas vezes no que queremos, acaba sempre por acontecer.

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