24.9.11

amor proprio

Devias morrer! E eu morria contigo. Devias sofrer! E eu sofria tambem. Devias pagar! E eu ter peso na consciencia. Devias entender! E eu travar o egocentrismo.
Afinal odeio! Sei odiar cada particula de ti! Sim, sei! Ai como todos os sentimentos se confundem! Que maravilhoso!
Vai-te foder! Odeio ser ordinaria.
Ja sabia que um dia ias, mas sinceramente a minha pobre alma não merece isto. Ou talvez merece. Não sei bem. De qualquer forma, foste. Mas eu, eu vou logo de seguida! Que odio! Que raiva! Que puta! AI QUE RAIVA E NOJO.

Adeus.

Assim o quiseste.

Adeus.

Assim o sera!

20.9.11

Palavras...

Palavras, palavras, palavras, palavras.... Tantas e tantas palavras ditas de tras para a frente e de frente para tras, num reboliço tal que ja nem sei quantas escrevi.
E pensar que tudo isto apenas se passa porque não consigo descrever os teus olhos.
Porque não consigo dizer que são profundos.

Que brilham.
Que captam.
Que sorriem.
Não, não consigo descrever os teus olhos.
Mas tambem... Não consigo descrever o sentimento que me intriga quando os vejo.
Adrenalina?
Felicidade?
Segurança?
Carinho?
Amor?
Tudo isso?
Mais que isso?
Não, não, não, não sei...
Tudo me sai mal, tudo parece tão e tão pouco para ti...
Queria ser capaz de encher os pulmões de ar, subir para uma cabeira de madeira, e GRITAR aquilo que não sou capaz de dizer. Enquanto isso, enquanto não grito, tento, tento, tento e tento dizer algo que valha alguma coisa. Tento ser suficiente.
So ha uma coisa que eu sei que consigo fazer, uma, uma, uma e so uma. Estar aqui, ficar aqui e continuar aqui. Porque quero e porque não sei outra maneira.

E porque, I am me, the universe and you 

14.9.11

2...

3: - Sabes, não da. Não iria resultar.
2: - Porque?
3: - Eu... eu quero voar! Ser livre!
2: - Desculpa-me. Eu vou-te deixar ser livre.
3: - Vais? Vais mesmo conseguir?
2: - Não sei... Mas eu por ti farei tudo. Ate mesmo deixar-te.
3: - Desculpa. . .

...

2: - Vou-te pedir algo.
1: - Diz.
2: - Se quando o sol nascer, as flores não acordarem, diz-lhe que eu prometi fazer tudo.
1: - Por favor, não acabes com as flores.
2: - Não....

...

1: - Ela tinha algo a dizer...
3: - O que tinha ela a dizer?

1: - Ela prometeu-te que o faria...
3: - Mas....

Porque depois será tarde para mim, para ti, para... algo.

5.9.11

A Fábula

Existe um Gato, um Gato preto, frágil e indefeso, perdido na loucura das ruas húmidas. Esse Gato, descobriu o Lobo. Como era belo e feroz aquele Lobo. O pequeno felino, entre lutas e tréguas, viu o seu coração ser "roubado" por aquela criatura, com tanto de poderosa como carinhosa. O Lobo indeciso, nutria um vasto carinho pelo gato, mas via-se preso aquele cão vadio, sem escrúpulos. E então, o pobre Gato, que chorava antes de dormir, sentia o seu coração partido dentro do peito.
Estava então este Gato, sentado a beira do abismo, quando uma Andorinha lhe deu a mão, mas não era uma Andorinha qualquer. Esta era dourada, de olhos azuis como os mais vais vastos céus onde voava. A Andorinha, pegando na mão do Gato, tentou ensina-lo a voar, mas, como este não tinha asas... Falhou. Falhou outra vez. Mas a Andorinha não desistiu dele e desta vez, foi ela que viu o seu coração ganhar um dono. Mas, o pequeno Gato, não sabia amar a Andorinha. Não sabia e não conseguia, pois o Lobo ainda uivava no seu peito. Sendo assim, a Andorinha, mesmo sem cruzar os braços, deu espaço ao pequeno Gato.
Ele, sem o seu Lobo e de coração quebrado, entregou-se ao mundo "mau", um mundo que ele sabia não querer, mas do qual não conseguia fugir. Nesse mundo, apareceu uma Raposa, tão e tão matreira, que persuadiu o pequeno Gato.

 Coitado, preso nas tramas da Raposa. Incapaz de amar a Andorinha. Perdido pelo Lobo. E repleto de ódio pelo cão. Depois de noites e noites e noites chorosas, o Gato lembrou-se das lições da Andorinha, e mesmo sabendo que era incapaz de voar, abriu a janela e tentou mais uma vez...

4.9.11

Agora

Quantas palavras queria eu ouvir daqueles com asas que voam junto a mim. Quantas historias queria eu tornadas realidade, daquelas que crio na minha maquina de pensar.
Se ouvisse essas palavras, se vivesse essas historias, o mundo de hoje mudaria o de amanhã e o de ontem não existiria.
Quero dar o mundo, o meu. Tenho-o na mão amarrado com um laço para entregar a quem dele souber cuidar. Sabendo que, com ele, vai a vida da menina que o criou. Não tenho medo de dar um mundo, tenho medo de não o ter.
As palavras, essas são tudo. As razões, as verdades, as tristezas e os sentimentos. Eu sinto, sei sentir. Eu mostro, quero mostrar. Eu choro, quero chorar e agora choro. 
Por vezes não aguento, tudo se torna duro, brusco. Eu agora não consigo. Levantem-me. Ajudem-me. Desculpem-me. Mas eu agora não consigo.
Eu sou fraca, mas sei que es forte. Eu não sei, mas sei que tu sabes. Eu não tenho, mas sei que tu tens.
Eu agora choro, mas tu... não sei.

28.8.11

Por Favor

Não me trates assim. Não me deixes cair na ilusão de ser algo que não sou.
Não me trates assim. Não me faças acreditar que sou importante para ti e para o mundo.
Não me trates assim. Não me digas que me amas para depois o desdizeres.
Não me trates assim. Não caias na putice do mundo.
Não me trates assim. Não me digas que sentes a minha falta apenas quando a solidão desperta.
Não me trates assim. Não me agarres com o teu poder de me dominares.
Não me trates assim. Não me faças estar perto, para depois me largares quando algo "melhor" nasce.
Não me trates assim. Não me entregues esmola quando recebes o mundo de volta.
Não me trates assim. Não digas que sou flor quando apenas tenho espinhos.
Não me trates assim. Não deixes sair a maldade quando de mim apenas tens a vida.
Não me trates assim. Não me iludas dizendo que não o fazes.
Não me trates. Não me mintas

Não preciso de mentiras, não gosto de ilusões.
Não sou "naive" nem criança.
Não sou parva.
Não sou inocente.
Não sou nada.
Não sou importante.

Se sou... então que seja.

Mas... Não me trates assim.

4.8.11

Triângulo Piramidal

Nada do que escrevo será suficientemente bom. Nada do que eu tente expressar será suficientemente intenso. Nada do que eu diga servirá para mudar alguma coisa. Eu sei de tudo isso.
No entanto, continuo a dizer palavras sem fim que se perdem por entre estas ruas da "amargura", por becos sem saída que fazem delas putas baratas que fodem homens de gravata em carros topo de gama.
Talvez não seja bem assim. Talvez eu esteja só afundada na minha frustração. Talvez eu esteja só deprimida. Talves eu sim, esteja sozinha neste mundo de dementes. Ai como eu gosto desta palavra. Dementes. Aqueles que vivem na demência da sua infelicidade. Digo com todas as letras: Eu sou Demente. Sou demente, mas, por incrível que pareça, tenho sentimentos tão ou mais vastos que qualquer outro verme que rasteja no mesmo chão onde eu rastejo. Falaremos de sentimentos então. Eu sinto muito, sinto tanto, sinto bastante. Sinto tristeza, solidão, abandono, esquecimento, dor, ansiedade, raiva e ... amor. 
Eu amo como ninguém ama. Há quem me diga que amo de forma doentia, mas não é verdade. Eu amo de forma tão intensa que deixo de respirar quando envolvida em todos aqueles pensamentos "amorosos". Foda-se que nunca conheci quem amasse como eu. Tenho uma teoria sobre mim, melhor que aquela em que afirmo que não gosto de ser tocada por relembrar todos aqueles momentos repugnantes em que era tocada por miúdos nojentos com o dobro do meu tamanho que me faziam sentir uma nódoa, um nojo, um vazio. Inventei outra teoria sobre porque amo tanto. Eu amo, porque a mim nunca ninguém me amou. Nunca tive a sorte de me sentir amada, não da maneira que eu considero estar no topo da minha pirâmide, Se calhar não passo de uma egoísta. Não, não é verdade. Não sou egoísta. Porque mesmo não sendo amada como quero, aprecio o modo como me amam. Gosto de ver como todas as pessoas têm formas diferentes de amar e de demonstrar os seus sentimentos para com os outros.
Mas... whatever. A única razão que me levou a escrever estas palavras é sem mais nem menos o facto de eu estar a ter um ataque de pânico neste preciso momento porque não quero ir embora sem dizer tudo o que tenho a dizer e o tempo torna tudo muito limitado e entre a puta das lágrimas que correm agora e tudo o que se está a passar na minha cabeça quero dizer que apesar de amar nunca pedi que amassem de volta, apesar de já o querer ter feito milhões e milho~es e milhões de vezes. Mas sei, porém, que não posso forçar a que uma pessoa me ame. Não te posso forçar. Sei que nunca vou ser o que quero para quem quero e sei que muitas mais pancadas iguais às que já levei virão. Mas também quero que saibem que quando digo que amo o que quero mesmo dizer é que o meu coração pára, a minha voz não sai, as minhas mãos tremem, a minha cabeça pára e nada vejo à frente. Quero dizer que morria, fugia e matava. Que largava tudo e todos. Que mais nada importa. Que só um alguém me faz sentir viva, feliz, útil, amada, importante. Quero dizer que para mim há alguém que é tudo. Ai como eu era capaz de tudo. Eu quero dar o mundo. Quero dar o que tenho e o que não tenho. Quero fazer o que posso e o que não posso. E sei que sou capaz de fazer feliz. Eu sei. Eu sei. Eu sei. Eu sei que posso fazer a diferença. Eu sei Porra. Eu nem sequer consigo explicar bem esta merda de sentimento. Por mais que eu tente não consigo. Não dá. Porra. Não dá!
Mas depois a mim não me amam. E eu ... nada posso fazer. Não posso chegar e ordenar que me ame, que me queira, que precise de mim. Não posso agarrar e beijar e abraçar. Nada disso posso fazer. O que posso então? Posso estar lá, devorar a imagem de um rosto iluminado, vaguear em conversas fascinantes, afundar-me em abraços carinhosos. Posso limpar lágrimas de água salgada, tocar gentilmente num acto reconfortante. Posso nunca abandonar. Nunca deixar para trás. Posso nunca deixar de amar. E posso continuar aqui, esperando, que um dia me ame como eu.
No entanto, contento-me com o facto de existir algum sentimento e de saber, que tanto eu como o Amor, precisamos um do outro, como a lua precisa do sol para que se ilumine durante a noite.
Agora que parto dói. E já sei que não aguentarei, mas pelo menos antes de ir digo , Amo-te.
Só porque tenho medo e já não sei se aguento mais.

22.7.11

4 x 10

1...2...3...4...
Tento controlar mas não consigo parar.
5...6...7...8...
Caio no erro de te preocurar.
9...10...11...12...
Acabo sempre por tudo estragar.
13...14...15...16...
Só ganho vontade de tudo acabar.
17...18...19...20...
Procuro algo para me magoar.
21...22...23...24...
Da dor de ti quero escapar.
25...26...27...28...
Arranjo algo para me cortar.
29...30...31...32...
Acabo sempre por te perdoar.
33...34...35...36...
Fumo um cigarro para acordar.
37...38...39...40...
Fecho os olhos e volto a sonhar.

1...2...3...4...
De início, volto a tudo contar.

12.7.11

Slackerbitch

Sou uma escritora, é isso que eu faço. Transcrevo todas aquelas ideias mirabulantes da minha cabeça para o papel.
Eu crio pessoas. Crio tudo acerca delas. Nomes, idade, vícios, sonhos, taras, sexo, desejos, dramas e ligações. Tudo vem da minha cabeça. Crio o dia em que eles nascem e o dia em que eles morrem. Crio o dia em que bebem, fumam e fodem. Crio o corpo deles, os olhos deles e os podres deles.
Sou capaz de inventar pancas e loucuras que mais ninguém consegue. Sou capaz de imaginar a vida de sonho de tais criaturas. A perfeição e imperfeição estão nas minhas mãos. Ai, como eu amo a ideia de poder fazer o que me apetecer com as palavras. Posso matar, ferir, magoar, Posso foder, traumatizar e acabar com alguém com o simples poder das palavras. 
Ter quem quiser, viver como quiser e dizer o que quiser. Ai, como adoro as palavras. Podia até mesmo viver apenas delas, das palavras. Sim, não as posso comer, é certo. Mas posso disfrutar delas enqunato devoro um e outro cigarros. 
Gosto de escrever, gosto muito. Gosto de matar. Gosto de foder. Gosto de gritar. Ai, como gosto de tudo isso.
Sou uma escritora, é isso que faço. Eu crio pessoas e tudo nelas. Sou uma criadora de vida e agora... (?) Agora vou criar a minha.

23.6.11

Viatura Emprestada

É incrível como por vezes não conseguimos evitar as asneiras que fazemos. É incrível que mesmo  sem termo sconsciência das coisas acabamos sempre por fazer algo de errado. Tais acidentes podem sempre ter consequências, graves ou não, que nos deixam com um sentimento de culpa muito grande e que nos deixa de rastos.
Tentamos não chorar, pois se o fizermos estamos apenas a ser crianças. Tentamos não pensar, só para não ficarmos ainda mais irritados. Tentamos passar por cima ligando a algué, e falando de acidentes deveras estapafúrdios qie acontecem no dia-a-dia. Tentamos ouvir música aos berros (coisas como BB Brunes ou The Filthy Youth podem ajudar). Tentamos distrair-nos com a ideia promissora de umas... férias? 
Pois... Lá está. E se o pequeno acidente intreferir com as férias? Ah pois é! Aí as tentativas vão pela janela, a frustração vem ao de cima. As lágrimas caem. Os gritos começam, As birras nunca mais acabam. O sentimento de culpa cresce... 
No fim, olhamos para tudo e pensamos que somos grandes crianças e tudo não passou de uma birra de menina mimada. Menina mimada que tem sempre alguém que lhe recorda que o dia não foi assim tão mau e que nem tudo é um problema. Essa menina mimada sofre também de um ataque de ridicularidade gigante.
A meninas assim, deviamos dar um tiro na cabeça, não acham?
Bem quer dizer... Okay, pronto. Vão lá buscar a arma que eu fico aqui à espera... 

20.6.11

"Enivrez-Vous"

Há dias em que acordamos e só queremos voltar atrás. Acabar com a dor, com o nojo, o podor, a doença, o drama, a tristeza, a saudade, a culpa e a confusão de toda uma noite replecta de loucuras que tão surrateiramente acabam com a vida tal como ela é.
Depois desses dias vem o pior. O sangue, a delinquência, a depressão, o desespero. Chegas a um ponto em que já nada faz sentido e parece que tudo que havia para perder já foi perdido e que a única solução é... morrer. (?)
A tua cabeça anda à roda, as lágrimas são a única coisa que marca a tua expressão magoada e "cega" que só deseja voltar atrás no tempo. Lês poemas de Boudelaire e pensas que a sua obscuridade é tão naturalmente bonita. Queres escrever assim. Queres dizer ao mundo, tal como ele diz "Enivrez Vous", mas sabes que só o farias para não te sentires sozinha. Porque tu sim, o fazes com frequência. Tu sim, és o problema de tanta loucura e tantos delitos. Chegas até ao ponto de pegar  numa ampulhe ta de plástico, com grãos finos de uma areia rosa tão peculiar, e abaná-la para trás gritando "Volta! Volta! Volta!"
Adivinha? Ele não volta! Vais apenas ter que encarar os dias tal como eles são. Com dor no peito, demência na cabeça, lágrimas nos olhos e cigarro na mão. Encaras mais um dia. Um de cada vez. Vives. Limitas-te a viver. Mesmo que não seja por ti. Mesmo que seja só por ela. Mas vives. Mais um dia. Por alguém.

10.6.11

Seis horas

E enquanto que o mundo gira em torno de um nada.


E enquanto que as ondas batem nas rochas.


E enquanto que a chuva cai.


E enquanto que o coração bate.


E enquanto que os olhos fotografam imagens de um presente prestes a ser passado.


Eu continuo presa nesta gaiola de dementes na qual me encaixo na perfeição.

5.6.11

Mudanças, Mudanças

Enquanto me sento aqui, sinto uma quantidade imensa de lágrimas a cair pela minha cara assustada e branca de bonequinha. Ao pensar em todas as criticas que me são feitas por aqueles que, outrora, eram os meus confidentes, sinto-me um ser muito pequeno e indefeso, sem forças ou coragem. 
Ao fim de algum tempo neste reboliço de lágrimas e tristeza começo a questionar a veracidade de todas aquelas palavras. Talvez eles tenham razão. Talvez eu tenha de facto mudado. Talvez tudo aquilo que me aconteceu me tenha transformado em algo diferente. No entanto, ao contrario do que eles dizem, eu falo, eu sorriu, eu comunico... E chego aquele ponto de irritação em que só me apetece manda-los a merda por tudo aquilo que me dizem.
Sinceramente, se não gostam de mim como sou agora, se acham que estou assim tão insuportavelmente diferente, se acham que não gostam de mim assim, que tal deixarem a minha pessoa em paz então? Que tal deixarem de se preocupar com coisas que nem existem? Juro, eu estou bem, são vocês que me põe mal. 
Posso não me rir tanto, falar tanto ou seja o que for que mudou em mim, mas sabem a verdade? Se não falo com vocês talvez seja porque não tenho paciência para vos ouvir ou se calhar estou farta das vossas mesquinhices. 
Podem inventar mil e uma razões para eu ter mudado e felicito-vos pela imaginação fértil que possuem, mas o porquê do meu ser cabe-me a mim e só a mim. 
Deixem-me com a minha musica nos meus ouvidos, o meu carapuço na cabeça, os meus textos, as minhas fotos, a minha "Emily", as minhas merdas, os meus dramas, os meus problemas, as minhas pessoas e as minhas historias. Deixem-me com as minhas e fiquem com as vossas, sim? Penso que será uma boa opção para todos. 
E só mais uma coisa, darem-me prazos para mudarem a minha maneira de ser? Juram? Isso não poderia ser mais ridículo, mas esta bem. Bem podem esperar sentadinhos nos vossos quartinhos.


Acho que já disse tudo, por isso...

3.6.11

Banalidades

Eu não te amo, porque toda a gente ama toda a gente e eu não quero que este sentimento que causa loucura dentro de mim caia na banalidade de mais um "amar" comum entre os normais.



15.5.11

Adeus

Não te quero dizer adeus... Nunca disse adeus... Tenho medo de dizer adeus... Prometi que não diria adeus...

Mas e se tiver que ser? E se tiver que haver um adeus? E se para deixar de andar por estas ruas negras desta cidade tão fria eu tenha que dizer adeus?

Não quero dizer adeus.

Tenho medo do adeus.

Nunca disse adeus.



Não quero o teu adeus.

Mas não sei se aguento mais.

Pelo menos amei. Pelo menos sonhei. Pelo menos vivi bons momentos.

Mas depois perdi. Depois chorei. Depois deprimi. Depois bebi. Depois bati no fundo. Depois... morri.





Luto para não dizer adeus.

"If nothing lasts forever then I want to be your nothing..."

Isto não faz sentido.

Dor. Medo. Solidão. Escuridão. Fim. Vazio. Luta. Perda. Barulho. MEDO MEDO MEDO MEDO

Adeus.... ?

6.5.11

Lágrimas...

Se as lágrimas são o mal que sai de dentro de nós... então o meu mal anda a vaguear pelas ruas?!


1.5.11

Lenço Amarelo...

Tenho um lenço.
Um lenço amarelo.
Que uso no pulso,
em actos de impulso
e que continuo em tons de abus
enquanto todo o meu corpo se doi
por sangue que destroi
toda a minha restante sanidade.
Tirando-me assim da realidade
que me faz sofrer
e destroi o meu ser,
magoado e encarcerado
por detrás da pele e carne destes dois braços
plenos de traços
de ansiedade e depressão. 

Já não sei se o tenho, o coração,
que no meio de tanta agitação
se perde na minha loucura
e encontra doença sem cura.

O fim, já só vejo o fim da linha
que, como uma pequena gota de sangue,
suja em vexame o meu pequeno lenço amarelo.

(F.V. e S.S)

29.4.11

Maçã vermelha

Apenas eu sei tudo aquilo pelo qual já passei e ela, "inocentemente", nunca reparou nem nunca quis reparar no meu sofrimento interior que deixou marcas e marcas e marcas em mim. Apenas eu sei tudo aquilo que já senti naqueles dias de desespero em que nada me fazia sorrir, mas nos quais um abraço seria perfeito, mas ela nunca me abraçou. Apenas eu sei o que sinto quando vejo a indiferença nos seus olhos ao olhar para mim. Apenas eu sei tudo o que se passa nestas quatro paredes. Apenas eu sei bem quem ela é.
Eles dizem que sabem o que ela sente. Eles dizem que ela está arrependida. Eles dizem que agora ela se preocupa. Eles dizem que agora ela quer saber de mim. Eles dizem que ela, por apenas uns momentos, se esqueceu que eu existia. Eles dizem que eu a devia perdoar, mesmo sabendo que ela nunca me pediu perdão. Eles dizem que eu lhe devia dar uma segunda oportunidade.
Ela diz que eu sou uma inútil. Ela diz que nada do que faço é bom. Ela diz que a minha vida não presta. Ela diz que dramatizo tudo. Ela diz que eu devia pensar.
Eu peço desculpa. Eu tento dizer as verdades. Eu estou presa. Eu sufoco. Eu morro a pouco e pouco. Eu já não me conheço. Eu não tenho reflexo no espelho. Eu não aguento mais. Eu não sou forte. Eu preciso de alguém que não me deixe cair. Eu preciso de alguém que me apanha antes de bater no chão. Eu preciso de alguém que me impeça da destruição.
Eu preciso de alguém que me impeça de morder a maçã...

Quem sou eu?

Quem sou eu?
Uma rapariga sonhadora, de cabeça confusa...


Quem sou eu?
Aquela que grita sozinha, num quarto fechado...


Quem sou eu?
A que não aceita aprender e opta por bater com a cabeça...


Quem sou eu?
Alguém que faz tudo por tudo, para tudo... 


Quem sou eu?
O ser que apenas ouve o coração e deixa a cabeça a descansar...


Quem sou eu?
A sombra da vida de alguns e a luz da vida de outros...


Quem sou eu? 
A que depende dos outros e deixa que dependam dela...


Quem sou eu?
Um ser normal, dentro da anormalidade de todos os outros...


Quem sou eu?
Eu sou... o que quiseres que eu seja, dentro dos possíveis do que eu possa ser...


Quem sou eu?
...

27.4.11

Pensa como eu

Deixo-me cair na cama e todas as noites acontece o mesmo. 
Todas as noites penso. Penso em tudo e não penso em nada. Penso em mim, penso em ti, penso em nós. Penso neles, naqueles, nos outros. Penso no passado, penso no presente, penso no futuro. Penso no que quero fazer mas não faço, penso no que aconteceria se o fizesse. Penso em quebrar todas as regras da sociedade, realizar todos os meus desejos e matar a minha sede de... ti. Penso em correr riscos, viver aventuras. Penso em dramas, histórias, filmes e tramas que transcrevo para a realidade. Penso em como morro por dentro ao pensar nisto tudo. Penso em como o meu coração bate mais forte e a minha respiração se torna cada vez mais difícil.
Penso em mim, penso em ti, penso em nós e ... adormeço a pensar assim.

21.4.11

Feliz =D

Pediste-me um texto feliz e eu disse que te iria escrever. Pois bem, aqui tens o teu texto feliz.

Por entre as folhas verdes das cerejeiras, uma menina de cabelos dourados, usando cerejas como brincos, dança ao som da música que sai do seu pequeno rádio cor-de-rosa. Ela anda à roda, à roda, à roda... E sorri. Sorri para as flores que lhe dizem bom dia, para os pássaros que cantam com ela, para as borboletas coloridas que esvoaçam por entre os seus cabelos.
De repente pára, olha para o chão e no meio de todo aquele verde encontra um pequeno coração de rubi. Pega nele e admira-o. Oh... Como é belo aquele coração. A menina, que tinha uma corrente de prata ao pescoço, prende o coração nesta mesma e sente-se... bela. Os seus cabelos brilham ainda mais, os seus olhos azuis tornam-se ainda mais translúcidos e a sua pele branca confunde-se com porcelana. 
Como o sol radioso se estava a pôr, a menina, metendo na sua boca o último rebuçado amarelinho, voltou para casa e mostrou à sua avozinha o seu novo coração.

Pronto, aqui tens o teu texto feliz.
E enquanto esta linda menina fazia isto tudo, eu estava na puta da minha sala, sentada na merda do meu chão a pensar como a puta da vida minha é uma puta d'uma bela merda! 
Mas, pronto, o que interessa é que o texto seja feliz, NÃO É?!?!?!?! 

19.4.11

Sinto...

Um nó no estômago que me impede de comer. Um tremor nas mãos que torna difícil escrever. Uma fraqueza que não me deixa raciocinar. Um medo enorme de ... bem.
Medo de te perder, medo de nunca te chegar a ter, medo de tudo o que eu possa fazer. Medo de não ser forte, medo de desiludir, de não ser quem se espera, de ser sempre a segunda escolha. Medo de não ter valor, medo de não ser nada mais que uma sombra. Medo de... nem sequer existir. Medo de não ser o especial de alguém, o outro de alguém, "aquele" de alguém. Medo da incompreensão, da rejeição, da tristeza que todos os dias se lembra de visitar e de despertar as lágrimas que, agora mesmo, se estão a deixar cair.
Todos me diziam que era forte e lutadora e talvez até persistente. Mas isso, isso era só o que os outros diziam. Eu era fraca e uma perdedora e desistia. Desisti de mim, da felicidade, da compreensão... Desisti de ajudar, de falar, de ser quem era.
Quer dizer... eu tinha desistido, vivia na sombra do conformismo. Via os dias passar e esperava sempre ansiosamente o meu último. Até que... Até que, agora, talvez tenha que admitir que os outros têm razão.
Agora não desisto. Não desisto de ti, de mim, da vida. Não desisto de ser a tal, a outra metade, a razão. Não deixo que me tirem o que quero, mesmo que o não o tenha, mas deixo não deixo que me tirem.
Posso não ser a felicidade em pessoa, o orgulho em pessoa, um exemplo de pessoa, mas desta vez vou lutar até ao fim. Era capaz de tudo para te ver bem. Sei que talvez tenha a felicidade comigo, escondida numa caixinha dentro das gavetas do meu ser. Ela está lá, é quereres abrir. Eu estou aqui à espera.
O que sinto? Nervosismo,  medo, receio, amor... E... (talvez)... Sinto a felicidade a bater-me à porta, para que eu a deixe entrar e ficar e viver comigo... Tudo isto, enquanto que... Eu.. Bato à porta de outra pessoa.
Porque se o sentimento for muito forte e pensarmos muitas vezes no que queremos, acaba sempre por acontecer.

17.4.11

Um ser estranho

Estou sentada no chão, em cima de um tapete cor-de-rosa, igual às minhas paredes. Eish... O meu quarto é tão piroso. Paredes cor-de-rosa, tapete cor-de-rosa, cama preta com lençóis verde alface às riscas brancas, secretária branca e umas caixas cor-de-rosa todas destruídas que guardam ... chapéus.
O meu quarto pode ser uma confusão, pode ter livros e roupas e filmes e cds espalhados por tudo quanto é sítio, pode ate nem ter muita luz ou ser muito grande, mas a verdade, é que é o meu refúgio neste "mundo" de pessoas ditas normais que me fazem sentir um bonequinho e que pensam que podem fazer comigo o que quiserem. 
Tomam-me como doida, maluca, delinquente... Dizem que não sou normal, que fui um erro... Não me dão atenção e nem parecem reparar que eu, este bonequinho, tenho sentimentos...
Lá por eu sentir as coisas de maneira diferente, lá por eu absorver as emoções mais intensamente que os outros, lá por eu fazer coisas que mais ninguém faz como fixar as pessoas nos olhos durante horas e horas e horas... lá por eu fazer tudo isso e muito mais não sou maluca. Ou sou?
Não acham que estas pessoas, em vez de me dizerem para criar amiguinhos imaginários para ser independente, ou para não escrever sobre a minha vida porque isso faz com que me isole das pessoas... Nao acham que eles me deviam ajudar? Não acham que por uma vez na vida me deviam perguntar como estou? Ou... o que é que se passa contigo? Ou até mesmo perguntar como correu o dia na escola?
Eu acho que deviam, mas a verdade é que não o fazem. Toda a minha via fui assim, não digo sozinha, mas ... independente, e sem necessidade de amigos imaginários. Não me lembro de ser criança, não me lembro de viver a minha infância... Quer dizer, lembrar lembro mas pouco. Lembro-me de estar numa sala escura a olhar para uma televisão desligada, com um roupão cor-de-rosa. Essa é a minha memória mais viva da minha infância.
Mas voltando ao assunto, ontem disseram-me que nós (as pessoas especiais) não somos anormais, os outros, esses sim, são normais de mais. De qualquer forma, prefiro ficar perdida na minha anormalidade e ter alguma adrenalina na minha vida do que ser um ser banal e vazio como muitos que para aqui andam. 
Nunca fui normal nem quero ser. Prefiro ser o ser estranho que, no meio de conversas, pára apenas para ficar a observar quem está à sua frente. Prefiro ser o ser estranho que tem jeito para escrever e choca toda a gente com as suas palavras. Prefiro ser o ser estranho que escreveu o texto que está a ser lido agora. Até porque... Eu gosto de ser estranha.

2 horas e 55 minutos

 1... 2... 3... 4... Às 4 horas e 10 minutos da manhã. Foi a esta hora que eu acordei hoje. Quer dizer, não sei bem se acordei porque, sinceramente, não me lembro de ter dormido nada. E se dormi foram apenas 2 horas e 55 minutos. Sim, estou com umas olheiras enormes e provavelmente não vou aguentar o dia todo de pé.
Mas... Aposto que estão a perguntar o porquê de tudo isto. Qual terá sido a razão que me impediu de dormir? Estava tudo calmo, silencioso, escuro... Então, porque não dormi? 
Opá, não dormi porque... Penso. Muito. E não sou a única. Penso em cada palavrinha pequenina que escrevo no meu telemóvel em resposta às mensagens, que por sua vez, também são lidas letrinha por letrinha vezes e vezes sem conta, só para ter a certeza que as interpreto da maneira correcta. Consigo assim distinguir a maior parte dos sentimentos, emoções e reacções que tais palavras provocam, quer da parte de quem as lê, quer da parte de quem as escreve. 
Sei qual é o meu mal. Sei que falo de mais. Mas, ultimamente tenho sido invadida por uma Coragem tremenda e uma lata enorme para dizer tudo o que tenho que dizer a quem tenho que o dizer. A maior parte das coisas são boas, valha-nos isso, mas... falo de mais. É certo. 
Digo coisas que não devia, em alturas que NÃO devia... Falo literalmente coma pessoa "certa" na hora ERRADA.
Bem, o que está feito, está feito, isso é certo. Já não posso voltar atrás, mas... também não sei se queria.
Peço apenas desculpa a quem o disse, porque... Bem porque gosto muito de ti e tu sabes. Porque um dia... Bem... 

All of my songs

Because a heart that hurts is a heart that works,
I fight for the one of a kind.
And as the two of us rebel,
damn you all to hell.
I beg her "Don't leave me here, to cast through time,
don't leave me here my guiding light".
She tells me "Dry your eye, 'cause soulmates never die."
This shows that we ain't gonna stand shit
shows that we are united.
I've got the devil in the details, you say.
I don't care about it, so fuck you anyway.
And just to clear your mind
I'm gonna dance with him tonight.
I want to say "you picked me",
but the truth is that she's still out to get me.
How could we know we have found treasure
if her shadow is always with her?
I would like to know whataya want from me,
but you always tell me "It's in the water baby".
Come what may, I'll see you at the bitter end.

O Fim

Já alguma vez pensaste o que farias se soubesses que o mundo ia acabar? Já alguma vez pensaste nas pessoas de quem sentirias falta e nas que sentiriam a tua falta? Eu já. Penso nisso quase todos os dias, não o consigo evitar. Penso no que fiz de errado e de certo, no que ainda não fiz, mas gostaria de fazer, no que me arrependo de ter feito e no que nunca me arrependerei. Penso em quem amo, amei e gostaria de amar. Em quem odeio, odiei e me arrependo de ter odiado. Penso em mim, nos meus amigos, na minha família, nas pessoas que conheço, conheci e poderia vir a conhecer se o mundo não acabasse.
Para dizer a verdade, não penso apenas numa coisa que faria se soubesse que o mundo ia acabar, penso em milhões delas. Podia enumera-las todas, mas para isso iria ter de exceder o limite de palavras permitido neste ou em qualquer outro texto. Posso mesmo dizer que não há palavras suficientes para descrever o que faria. Gostava de cometer todas as loucuras possíveis. Gritar bem alto, cantar bem alto, dançar até cair para o lado!
Mas o que eu faria primeiro, por mais lamechas que possa parecer, era dizer à pessoa mais importante do mundo tudo o que sinto por ela. Agarra-la, beija-la, abraça-la e passar o máximo de tempo possível com ela. Segredar “Eu amo-te!” ao seu ouvido, sem esperar que ela me dissesse o mesmo de volta, mas sabendo, no fundo do meu coração, que ela o diria.
No fundo, se soubesse que o mundo ia acabar, aproveitava ao máximo todas horas, todos os minutos, todos os segundos do tempo que me restava. Porque se soubesse que o mundo ia acabar, ia ter contigo.

A minha "Ilusidade"

Hoje, pedi a alguém que me dissesse algo que me impedisse de chorar. Fui directa e concreta e pedi.
Entre piadas que me fizeram esquecer por momentos tudo aquilo que me assombrava, levantou-se uma questão: a realidade existe? A esta questão, responderam-me que... NÃO. Disseram-me que a realidade é apenas um conjunto de ilusões amontoadas na minha cabeça que criam um efeito de realidade. Mas no fundo, só estão lá porque eu acredito nelas... 
Então neste ponto da conversa questionei-me: se eu deixar de pensar nas "realidades" más e obscuramente dramáticas que assombram a minha cabeça, tudo fica bem e perfeito no meu mundinho. Baste continuar a acreditar nas "realidades" boas e ... tudo fica bem, certo? Errado. Porque supostamente são essas coisas, essas "realidades", más que dão sabor à vida... Sabor amargo, dizem vocês!? Não. Não se encontrarem o equilibrio perfeito entre tudo.
Depois de toda esta discussão sobre a realidade e a ilusão, ou a " ilusidade",  parei por uns momentos. Deixei de pensar e respirei três vezes.
Voltanto a mim, e como já era de esperar, a minha cabeça voltou a funcionar, mais rápida do que nunca... Tanto que até doía. Pensei que, se as ilusões más existem tem que haver uma razão e lembrei-me daquela já conhecida frase "cada um tem o que merece". Neste momento, todos as merdas possíveis e imaginárias que eu alguma vez fiz arrombaram as portas do meu cérebro e murmuraram ao meu ouvido que tudo o que tenho de mau, tudo o que me deprime, tudo o que eu quero mas não tenho ... tudo isso tem uma razão. Talvez vez eu não mereça ter o que quero, talvez eu não mereça ser feliz ou simplesmente estar bem mais do que um dia seguido. Talvez todos aqueles momentos de pequena felicidade que me são proporcionados em apenas determinados dias sejam amostras do que eu poderia ter se não fizesse tanta MERDA. 
E foi aqui, que outro alguém me disse que um dia eu iria ser feliz. Que tinha valor.
Acreditem ou não, ouvir isto no meio de um turbilhão de pensamentos maus é muito bom. Especialmente quando a pessoa que nos diz é igualmente especial e importante e consegue sempre, nos momentos mais estranhos, colocar um sorriso nos meus lábios.
É melhor eu ficar por aqui e esperar que o Peter Pan me venha buscar, e que me leve para a terra do nunca... 
Pssst: Ainda tenho a janela aberta. ;)